Livro de Catalina Terrassa
Borda Arredondada sem utilizar imagens
Lua Escarlate é uma série que conta a história dos Saint-Claire, uma família de ex-vampiros que foge da Grécia e se muda para a cidade de St. Helens, no estado do Oregon, EUA. Eles desejam um recomeço, mas são sempre perseguidos pelo passado, à espreita para atacá-los. Celine, a matriarca, e seus três “filhos” devem se adaptar a uma nova vida, ou melhor, a um “tratamento” que lhes devolveu a possibilidade de envelhecer. Mas existe um problema: antes de abandonarem seu antigo lar, os Saint-Claire desobedeceram a lei, pois tornaram-se água. E a água jamais deve saber da existência do vinho.
Eu li o primeiro livro da série,
Água/Vinho, sob a promessa de que seria uma história de vampiros fora dos padrões de
Crepúsculo e afins. Realmente, a trama não traz vampiros adocicados ou “paixonites adolescentes”, conforme a própria Catalina se refere ao romance de Bella e Edward. Mas, apesar disso, o livro se desenvolve dentro de uma visão essencialmente infanto-juvenil, sendo claramente voltado para esse público.
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Seria Lua Escarlate um contraponto a Crepúsculo? |
O forte de
Lua Escarlate não é a história em si, simples e despretensiosa, mas as situações criadas pela autora. Grande parte do livro retrata o dia-a-dia dos filhos de Celine - os ex-vampiros Grace (a narradora), Lucas e Lilly – em suas tentativas de adaptação a uma vida normal, ou seja, a uma rotina em que vão à escola, namoram, assistem a shows, brigam, alimentam-se, ficam doentes, interagem com amigos... Como o tratamento para fazê-los voltar à condição de humanos ainda está em andamento, algumas dessas coisas simples acabam gerando situações interessantes e, às vezes, engraçadas. E é justamente isso que promete agradar aos leitores. Como dito, em especial aos adolescentes.
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Catalina Terrassa |
Mas é claro que a força do livro não está apenas na narrativa das experiências humanas pelas quais os personagens centrais precisam passar para testar o tal tratamento. Eu também destacaria outros dois pontos. O primeiro é a aparição de Paul, que foi salvo ainda pequeno pela protagonista-narradora (quando era uma vampira) e por quem ela, agora humana, apaixona-se. O rapaz tem uma lembrança embaçada do ocorrido, mas não liga Grace à sua salvadora do passado. O outro ponto que deve ser destacado é a busca da vampira Charlotte pelos Saint-Claire, já que estes violaram a lei vampiresca na Grécia. A procura dá um clima de tensão à história, que culmina no clássico combate entre as forças do bem e do mal. Essa parte, aliás, é a melhor do livro. A trama ganha ritmo e vemos Grace tomando decisões difíceis na tentativa de salvar as pessoas que ama. No final, deixando o mote para o segundo livro, ela sofre com as dúvidas sobre seu futuro incerto e sobre sua felicidade.
Cada leitor dirá se esse primeiro volume da série está mais para água ou vinho, mas, com certeza, o livro deixará todos com água na boca para degustar o segundo,
Lua Escarlate – Amargo/Doce. Vale conferir!
Valorizem o escritor brasileiro!
Um grande abraço!
Você é a quarta pessoa que entendeu o espírito da coisa.
ResponderExcluirSim! O livro é para um publico infanto-juvenil, mas infelizmente, eles não entendem a história.
Pelo que a minha sobrinha de 15 anos conta, o povo da idade dela é muito lento e quer tudo mastigado.
Muito obrigada pela resenha.
Gostei muito da resenha. E, apesar de não suportar mais livros adolescentes, confesso que fiquei super curiosa para lê-lo. ;)
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