17/09/2011

Filosofando

A importância de se filosofar no dia-a-dia


A brincadeira ao lado está espalhada na rede e no mundo real, podendo ser encontrada em locais dos mais diversos, de blogs literários a sites humorísticos, de murais de faculdade a bares e portas de banheiro. Deixando de lado o caráter sarcástico da história, qual a sua opinião sobre as conclusões apresentadas? Seriam elas inteligentes ou nem tanto? Sua resposta a essa pergunta pode indicar se você vê ou não o mundo sob uma ótica reflexiva. E surge a indagação: essa ótica reflexiva, o chamado “pensamento filosófico”, seria um elemento importante para a vida cotidiana ou coisa de pessoas que não têm mais o que fazer?

Bem... Eu gosto de filosofar e acho isso essencial no meu dia-a-dia e na formação de minhas ideias sobre tudo. Tudo mesmo! E uma das definições de “filosofar” dada pelo dicionário Michaelis é justamente “Dissertar ou raciocinar sobre quaisquer assuntos”. Pois é. Tudo é “filosofável”. Mas, apesar disso, é comum vermos pessoas vivendo, na maior parte do tempo, de conceitos aprendidos, ideias preconcebidas e gostos assimilados. E a isso damos até um nome: “cultura”. A mesma criatura que, nascida no Oriente Médio, defende a submissão feminina, a existência de Alá e adora futebol diria sem titubear, se criada nos EUA, que a mulher tem o mesmo status do homem, que Deus é o cara (ou que Ele não existe) e que não há nada mais legal do que o basquete, o futebol americano e o baseball.

Quem chegou até aqui deve estar pensando: “Que papo chato! E é óbvio que as coisas são assim! Toda pessoa tem suas individualidades, mas incorpora muito do meio em que vive.” Concordo! É óbvio. Mas é justamente essa obviedade que torna a situação triste. Eu sempre tive a impressão que o mundo anda a passos de cágado por conta disso. A maioria nada ou pouco transcende o senso comum. Tanto isso é verdade que costumamos dizer: “o brasileiro é alegre, adora futebol e tem jogo de cintura”, “o japonês ama peixe, é disciplinadíssimo e frio”, “o alemão adora cerveja, é metódico e racional”, e por aí vai, indicando que os membros de um grupo seguem certas “programações” feitas por sua sociedade. É como se a humanidade dependesse da uniformidade de pensamentos e gostos para sobreviver.

Mas o problema de se inibir a diversidade é que muita estupidez acaba sendo perpetuada irrefletidamente. Dou um exemplo: o americano aprende que no café da manhã deve encher a pança de gordura, na forma de ovos fritos com bacon e outras porcarias típicas da culinária de lá. E quase ninguém pensa: “Peraí! Eu tenho acesso à informação e sei que essa alimentação causa sérios problemas cardíacos. E, de fato, grande parte da nossa população morre do coração. Por que diabos então continuo comendo isso? É só porque meus bisavós, meus avós e meus pais comiam? Vou adotar hábitos melhores!” Pode não parecer, mas quem tivesse esse pensamento estaria filosofando, ou seja, estaria raciocinando e quebrando a barreira do senso comum. E, fazendo isso, estaria ajudando a melhorar sua própria vida e o mundo.

Os dois ou três internautas que chegaram até aqui (será mesmo tudo isso?) devem estar se perguntando agora: “Mas o que tem a ver a capa desse livro aí em cima?” Bem... rsrs. Ela foi colocada só para vocês lerem o texto até o final rsrs. Brincadeira... Prometo que na próxima postagem ela vai ficar contextualizada (Aahhh! Vai ter uma próxima postagem???). O texto de hoje foi apenas uma tentativa de mostrar que a filosofia é realmente importante em todos os aspectos da vida, inclusive no dia-a-dia. Feito isso, vou alargar bem o assunto nos próximos bate-papos (ou monólogos, sei lá!).

Um grande abraço!

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