04/02/2011

Stephen contra Stephenie

Velho rei fala da nova rainha



A antiga polêmica envolvendo as declarações de Stephen King sobre os trabalhos de J.K.Rowling e Stephenie Meyer continua atual e despertando debates internet afora. Como muitos já devem saber, o consagrado autor declarou que Rowling “é uma fantástica escritora” e que Stephenie Meyer “não consegue escrever nada que preste”. No vídeo ao lado, postado no YouTube pela agência espanhola Europa Press, vê-se que a criadora de Bella e Edward é tachada de “medíocre” por King.

Fãs da autora da saga Crepúsculo afirmam, revoltados, que King está “velho” e “com inveja”. Os defensores do “gagá invejoso” contra-argumentam que ele é um dos maiores autores vivos da literatura de horror fantástico e ficção, sendo suas avaliações respaldadas por vasto conhecimento e credibilidade na área. Quanto à inveja, dizem que King está longe de ter motivos para tal: seus livros normalmente transformam-se em best-sellers; grande parte de sua vasta obra foi adaptada para o cinema e para a TV com imenso sucesso; e sua fortuna é invejável.

Para embasar o discurso de King sobre a qualidade superior do trabalho de Rowling, alguns invocam as inúmeras honrarias recebidas pela criadora de Harry Potter (agraciada como Dra. Honoris Causa em Letras pela Universidade de Exeter, nomeada Lady J.K.Rowling pela Rainha Elizabeth, homenageada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, com a insígnia de Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra, entre muitas outras). E, a título de comparação, dizem que Meyer está para Rowling assim como Paulo Coelho está para Luís Fernando Veríssimo. Mas... o “mago” também não foi agraciado com uma infinidade de comendas e títulos, ingressando, por fim, na Academia Brasileira de Letras?

Esquentando o debate, a Revista Speculum, em seu site, diz que King “envelheceu, tomou gosto pela fortuna e parece que perde, a cada livro que passa, seu talento imaginativo”. Segundo a publicação, os textos do autor “nunca foram um primor de qualidade” e seus romances mais recentes são “rançosos, sem graça, previsíveis, sem ritmo e extremante estéreis”, pois ele “perdeu o interesse pela literatura e tomou gosto pelo cinema”. O articulista conclui, afirmando que o escritor, “ao invés de levar para o século 21 o romance de horror como uma vertente da literatura, (...) transformou o texto em sangria de dinheiro”. Teria King adotado deliberadamente a mediocridade que tanto critica em Meyer?

11 comentários:

  1. Meyer é sim medíocre, mas há quem goste. E muita gente gosta mesmo! Crepúsculo não é uma saga revolucionária, muito menos inteligente. Livro light de leitura líquida, aquela que você não degusta, não sente cada sabor; você bebe em grandes goles e sente um gostinho "bom" no final e logo esquece.

    King critica porque pode critica. Deu sua opinião, realmente deve ser levada em conta, pela sua reputação, conhecimento, experiência. Bom saber que ele teve coragem de falar.
    Se criticam King acusando-o de inveja e desgaste da imaginação em suas obras, pensem bem... ele já escreveu muitos livros melhores que os dela.

    Enfim, os adolescentes que me desculpem, mas eu mais o “gagá invejoso”.

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  2. Li apenas um pequeno trecho do primeiro livro da SM. A narrativa não me prendeu e perdi a vontade de continuar. Assisti o primeiro filme e o achei bem adolescente, embora eu conheça adultos que tenham gostado. Aliás, eu cheguei a ler em algum lugar, talvez dito pelo próprio Stephen King, que a saga Crepúsculo é talhada para agradar “menininhas virgens”. Eu não chegaria a tanto, mas acho que essa história de vampiro bonzinho que brilha no sol (estranho ele nunca ter brilhado na escola e em outros lugares durante o dia) e ama uma mortal é mesmo feita para agradar pessoas ainda imaturas no trato amoroso.

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  3. Eu quero muito ler os dois livros. O livro do Sérgio parece ser muito bom e apesar de não ser muito fã da Meyer, é interessante ter acesso a uma outra visão da história.

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  4. Eu gostaria de ler os dois livros para melhor opinar sobre eles. Pelo que conheço a obra da SM é muito previsível. Não vejo graça. Beijinhos Luizy

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  5. Não julgo as obras literárias como Stephen, que não se preocupa com o que vão falar das suas, visto que de uma hora para outra, parece ter adentrado o mundo medíocre assim como ressalta Meyer viver. Bom, entretanto também devemos ser coerentes; é fato que a obra de Rowling (Harry Potter) é muito melhor que a de Meyer (Saga Crepúsculo). Como cheguemos à esta conclusão?

    Simples, analisamos em si as ideias propostas pelas duas escritoras e lemos seus livros tentando desvendar os mistérios de seus personagens. Depois, vemos qual está melhor relacionado na mídia, seja na parte cinematográfica ou apenas na popularidade de livros mesmo.

    Ninguém, espero eu, discuta que a saga de Meyer é melhor que de Rowling. Rowling, simplesmente revolucionou as histórias de ficção, fazendo assim o bruxinho mais conhecido do mundo. Meyer criou, uma história de uma adolescente insegura que por vezes parece ser inacreditável os feitos da história, mas assim mesmo, deve ser valorizado.

    É muito incoerente julgarmos outros quando não conseguimos nem vos julgar. Por isso devemos ter a mente aberta para que não sintamos repulsa por obra de um ou de outro. Devemos de primeiro analisar a esmo ambas, depois tentá-las imaginar; para por fim, concluir: qual obra é mais apropriada para mim, e não, aquela lá é uma porcaria.

    Obrigado. Cilas.

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  6. Bom acho que tudo deve ser respeitado.
    Apesar de não ser fã da saga crepúsculo há quem goste e se interesse pelo livro e isso já é bem importante porque sabemos que ler não tem sido o costume de muitos, mais este livro tem feito muitos adolescentes lerem mesmo que talvez não seja algo tão bom assim a intenção acho que já vale. eu gosto muito do Dan Brown e Sidney Sheldon , mais sei que há quem não goste e eu respeito o importante é ler , sempre.

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  7. Concordo com King em gênero, número e grau. Meyer é mais que medíocre. Sua história é terrivelmente sacal e cheia de clichês, estilo literatura de banca.
    Não concordo nem um pouco com a Revista Spectulum. Acho que os livros novos do King continuam tendo a mesma qualidade que tinha os antigos.

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  8. Ao contrário de Crepúsculo, não é qualquer um que consegue digerir e interpretar a vastidão da literatura de Stephen King, daí surgem as críticas acima. Críticas, aliás, sem fundamentos. King ganhou o prêmio/reconhecimento de CONTRIBUIÇÃO PARA A LITERATURA AMERICA, já foi chamado por muitos críticos de SHAKESPEARE DO SÉCULO XX e alguns dos seus livros adaptados para cinema figuraram no Oscar. Prêmios, reconhecimento de público e crítica contam mais do que vendas. Afinal, papel higiênico vende mais que diamante e nem por isso é mais valioso.
    Mais alguns dos inúmeros prêmios que Stephen King recebeu:

    -World Fantasy Award for Life Achievement
    -The Canadian Booksellers Association Lifetime Achievement Award
    -The Grand Master Award from the Mystery Writers of America
    -Bram Stoker Awards,
    -World Fantasy Awards,
    -British Fantasy Society Awards
    -Nebula Award novelette nominee
    -Medal for Distinguished Contribution to American Letters.

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  9. Sergio,vou criar um post no meu blog inspirado neste.

    Depois mando o link.

    Acho que você vai gostar.

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  10. Ok, polêmica... adoro isso.
    Sou fã do King e da "rainha dos vampiros adolescentes". Como, Niki? Ora, sendo, ué... São estilos diferentes e notáveis.
    Stephen King é o rei do terror - que nem é tão aterrorizante assim. Amo Carrie, a série A Torre Negra, todo seu modo sombrio que, ao mesmo tempo, parece tão casual. É o estilo dele. Sem contar que o cara é digno de aplausos.
    Vejam bem, quando leio uma obra, não quero conhecer o autor apenas pelos seus escritos, mas, também, pela sua história de vida. King quase morreu em um acidente, seus fãs esperavam pelo pior, uma senhora idosa chegou a escrever uma carta, quase implorando, para que ele tivesse forças, pois achava que "A Torre Negra" não poderia existir sem um fim. E o cara está aí, firme e forte, superou a tudo!
    Sobre a Meyer, o bendito romance melado de vampiros tem um propósito nas entrelinhas que ninguém quis parar para refletir. Do que falo? Da mensagem subliminar que ela nos passou. Ora, não é possível que não tenham visto! Meyer é membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ou seja, uma "mórmon". Em sua série, a autora nos passa valores morais já esquecidos pela juventude tresloucada que vive a maravilhosa dádiva do sexo em pura brincadeira. Um fato que comprova isso é o aumento excessivo das DSTs. Claro que não sou uma santa nesse quesito, mas apoio certos valores e tradições.
    Voltando a falar de Meyer, ela valorizou o casamento, uma instituição fadada a extinção. E como chamar a atenção dos jovens para tal assunto sem parecer chata ou antiquada? vampirizando personagens. Foi um tiro no escuro que deu certo.
    Ora, não queremos sair da rotina real, que tanta dor de cabeça nos causa, e viajarmos em mundos sobrenaturais? Uma sadia maneira de fazermos isso é com a leitura. Nesse ponto, a série Twilight nos mostra valores morais de amizade, caráter, superação, perdão e muito mais! Tudo dentro de uma deliciosa saga fictícia sobrenatural. O que tem de errado nisso? A fama que ela conquistou?
    Vamos deixar a hipocrisia de lado, essa história começou quando a Anne Rice chafundou os vampiros da Meyer na lama. Pergunto: Lestat não brilhava sob a luz artificial? Não dormiu no mesmo caixão apertadinho com Louis? Quando são olhos alheios que ardem, nos refrescamos...
    Voltando para nossa hipocrisia, o fato é que muitos leram, gostaram, mas não admitem. E querem saber do que mais? Olharam apenas para o romance "proibido" de Edward e Bella, esqueceram de ver a verdadeira mensagem dos textos de Meyer.
    Na minha opinião, King errou ao fazer tal declaração sem fundamentos sobre uma colega de profissão. Pronto, falei. Ele pode ser o rei, mas não é o dono da verdade!!! Ambos têm seus talentos, seus métodos, seus estilos. A questão que faltou nesse caso foi RESPEITO!

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