31/03/2011

Caruso e Jablonski lançam livro no Rio

Uma incrível loucura chamada Z.É.


Como anunciei, compareci ao lançamento do livro de Fernando Caruso e Bernardo Jablonski (organizador). Acima, eu (à esquerda) posando com a dupla. Os dois exemplares autografados que você vê na foto foram sorteados.

Veja abaixo tudo o que aconteceu nesse dia incrível.

17/03/2011

Resenha: Mentes Perigosas

Autoajuda travestida de ciência para leigos


Após ler Mentes Perigosas, tive uma sensação de que algo não se encaixava no discurso da autora, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. O livro não me passou credibilidade técnica, assemelhando-se mais a uma conversa de bar, na qual uma amiga psiquiatra (a autora) aconselha informalmente alguém curioso ou com problemas pessoais (o leitor). Pensei: “Como um livro tão vazio de conteúdo pode estar fazendo sucesso?” E, de imediato, veio-me a (óbvia) resposta: “Ora, foi justamente esse tom de autoajuda – descompromissado e amistoso, mas com um verniz supostamente científico - que conquistou as pessoas.”

Se o subtítulo fosse trocado de O psicopata mora ao lado para Aprenda a reconhecer um psicopata para proteger-se, exprimiria com exatidão aquilo que o livro pretende transmitir. Mas a “aula”, como dito, não traz elementos técnicos mais profundos para embasar as opiniões da autora. Ela inicia o texto discorrendo sobre “consciência”, diferenciando o “estar consciente” (a capacidade de manter a mente em estado de vigília) do “ser consciente” (em linhas gerais, a capacidade de amar o próximo). O psicopata, detentor de uma mente incapaz de “ser consciente”, seria um “parasita social”, um “vampiro” pronto a sugar toda a energia de suas vítimas para explorá-las egoisticamente. Foi dessa abordagem que decorreu a sensação que mencionei no início do primeiro parágrafo. Condenar, categoricamente, alguém por agir conforme sua natureza não seria um paradoxo? Não seria mais profissional uma análise serena e profunda da questão, com posteriores sugestões de como equacioná-la?

07/03/2011

Literatura & música

Quando a literatura inspira a música


Beethoven
Friedrich von Schiller
Embora muitos não saibam, não é de hoje que músicos se inspiram em obras literárias para compor suas canções. É clássica (desculpem o trocadilho) a história da criação da Ode à Alegria, em 1823, por Beethoven, que acabou imortalizando o poema homônimo de Friedrich von Schiller, escrito em 1785. É quase impossível você não conhecer esse trecho da Nona Sinfonia, mas alguns leitores podem não estar ligando o nome à melodia (se for o caso, escute).

Com o surgimento do cinema, muitos adeptos dessa nova arte passaram a animar os personagens literários em suas películas. Foram tantas as histórias adaptadas até o dia de hoje que não é difícil elaborar uma extensa relação de filmes baseados em livros. Mas a tarefa não é tão fácil quando falamos de adaptações para a música, embora essa prática, como dito no início deste artigo, seja bem antiga.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
abcs