07/07/2012

Entrevista com Tainá Ruiz

Autora de Cidade Fantasma fala ao Recanto


Tainá nasceu no dia 7 de Julho de 1995 em São Paulo. Pois é! Ela está aniversariando hoje! Juro que, quando comecei a escrever este texto, não fazia a menor ideia que a data era especial! Fiquei bastante feliz com a coincidência. Não sou supersticioso, mas acho que isso é um bom sinal rsrs. Bem, continuando, Tainá mudou-se com a família aos dois anos para Jaguariúna, uma pequena cidade no interior do estado. Aos seis, aprendeu a ler e, logo, a escrever. Além da trilogia Cidade Fantasma, tem mais dois projetos em andamento. Para finalizar, deixo os parabéns à Tainá por seu trabalho, pelo talento e, claro, pelo aniversário! :)

Confira a postagem sobre Cidade Fantasma aqui.


1- Você é uma escritora extremamente jovem. O interesse pela escrita é recente ou vem da infância? Como ele surgiu?
Não sei bem como o interesse pela escrita surgiu, mas ele me acompanha desde a infância. Frequentemente me fazem essa pergunta, fico tentando lembrar e só o que consigo pensar é que talvez tenha nascido comigo e tenha se desenvolvido naquela fase em que criamos amigos imaginários. Eu – além dos amigos imaginários e das tramas complexas que inventava pra brincar de casinha – fingia (ênfase no “fingia” rs) que sabia ler e escrever já aos três anos. Isso me estimulou, acho.

2- Como seu desejo de ser escritora foi recebido pela família?
Meus pais me apoiam muito e me sinto muito abençoada por poder contar com eles. Minha irmã, minha tia e alguns primos também demonstram grande carinho pela minha escolha, mas a maior parte da família não sabe. Infelizmente ainda hoje as pessoas têm em mente a ideia fixa de que, para uma carreira ser boa, seu salário tem que ser gordo. Mas acho que algumas decisões cabem somente a mim e nem todos entendem isso. Então prefiro manter assim.

3- O sobrenatural, presente em Cidade Fantasma, faz parte de sua vida de alguma forma?
Eu diria que sim. Sou uma pessoa muito impressionável. Na questão do sobrenatural, talvez não exista nada em que eu não acredite. Então eu diria que ele faz parte da minha vida na questão da minha fé, do que eu acredito.

4- Se pudesse escolher, você prosseguiria como escritora independente ou se tornaria uma autora de editoras tradicionais? Por quê?
Poxa. Eu não sei. Para mim, ser escritora independente transmite a ideia de correria, entende? Por mais que eu adore fazer tudo por mim mesma, existem alguns momentos em que todos precisam de ajuda. E eu não sei se eu daria conta de tudo, ainda mais com a pouca (zero) experiência que tenho. Então, acho que eu escolheria ser uma autora de editoras tradicionais, para poder contar com o auxílio. Mas eu gostaria de poder opinar nas decisões, ter o controle artístico dos livros...

5- Seus autores preferidos escrevem histórias como as suas ou você também se sente atraída por outros estilos?
Pensando bem, meu estilo não se assemelha muito ao dos meus autores preferidos, exceto pela presença do místico. Mas meu estilo de leitura é muito eclético. Se o enredo me interessar, basta.

6- Você é uma escritora eclética ou prefere manter-se fiel a um estilo?
Um pouco dos dois, eu acho. Nos meus projetos atuais, percebo certa fidelidade – o sobrenatural mesclado ao cotidiano, o enredo possui um quê de tragédia em algum ponto da história... – mas os temas (fantasmas, vampiros, bruxas), mesmo sendo sempre sobrenaturais, variam.

7- Seus personagens nascem prontos ou vão sendo conhecidos aos poucos por você no decorrer da escrita? Eles se baseiam em pessoas reais?
Magicamente, eles nascem prontos! Na maioria das vezes, tenho problemas em escolher nomes, mas os aspectos físicos e psicológicos são como um pacote: vêm inclusos com o personagem. Sim. Eles costumam ser levemente baseados em pessoas reais, mesmo que na maioria das vezes seja apenas em um aspecto ou outro, sejam pessoas próximas de mim ou apenas ídolos, como no caso de Elizabeth em Cidade Fantasma, inspirada em uma cantora.

8- Leitores críticos a aborrecem?
Um pouquinho rs. Mas sabe, faz parte! E algumas vezes eles têm algo a acrescentar. Então é um aborrecimento bobo que logo passa. Só me chateio de verdade quando sinto descaso: aquela situação em que a pessoa critica apenas por criticar. Mas é raro eu me importar.

9- Suas histórias têm um público-alvo definido ou sua ideia é atingir os leitores em geral?
Na maioria das vezes, tenho o público adolescente em foco e acho que é fácil atraí-los pela narrativa descontraída. Mas é claro que todos podem ler, contanto que se sintam atraídos pela história.

10- Além de Cidade Fantasma, tem outros projetos em mente?
Sim. No momento estou trabalhando em mais dois projetos além de Cidade Fantasma. No mesmo estilo sobrenatural e voltado para o público jovem.

11- Se pudesse escolher apenas três livros para ter em uma ilha deserta, quais seriam?
Poxa! Essa é difícil! Mas acho que levaria:
Percy Jackson e Os Olimpianos – O Último Olimpiano
Alice No País das Maravilhas
Jogos Vorazes

12- Muito obrigado, Tainá, por sua entrevista. Gostaria de deixar uma mensagem final para os internautas?
Foi um prazer! Gostaria sim.
Deem uma chance ao autor nacional. Temos muitos escritores fantásticos escondidos por aí esperando o momento de brilhar. Nós podemos torná-los especiais. Leiam seus livros, dê-lhes atenção.

3 comentários:

  1. Querido, muito obrigada pelos parabéns! Foi mesmo uma feliz coincidência não? Hahahaha. Amei ser entrevistada por você! Foram excelentes perguntas. Beijos e muito sucesso!

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  2. Adorei a entrevista Sergio!
    Pelo jeito, a Tainá é muito simpática, e muito talentosa também! ^^
    Bjus!
    Paty Algayer - http://www.magicaliteraria.com/

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  3. Super interessante a entrevista!
    Nunca ouvi falar da autora e nem dos livros. Legal saber que aos 17 anos ela já tem uma trilogia escrita.
    Muito sucesso a ela!

    Beijos,
    @secretsofbook
    http://secretsofbook.blogspot.com.br

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abcs