06/04/2011

Entrevista com Sergio Carmach

A primeira entrevista


Clique no banner para ler toda a entrevista
Trecho: "Discordo do senso comum e defendo que o sentimento pode (e deve!) brotar do pragmatismo e da racionalidade. Veja o exemplo do músico. Antes de compor, ele sabe que sua canção não pode passar de tantos minutos (caso contrário, as rádios não tocarão), que a passagem de um tom maior para um tom menor provoca uma sensação de melancolia no ouvinte, que determinada harmonia é mais adequada a certo estilo musical etc. Com base nesses elementos racionais, ele produz sua obra emotiva. Se você, como autor, consegue escrever ao léu e, ao final, ter um texto maravilhoso em todos os sentidos, considero-o um gênio. Pelo menos para mim, a emoção não é nada sem planejamento e técnica. E, Anne, a técnica está passando longe de muitos aspirantes a escritor, começando pelo quesito “Português”. Eu tenho lido amostras de livros terríveis por aí. Acho incrível a quantidade de gente que escreve sem ter noções mínimas de pontuação, regência, construção frasal, coesão textual e por aí vai. Isso é o mesmo que eu querer ser piloto de F1 sem saber nada de mecânica e direção."

4 comentários:

  1. Sérgio, eu também tenho visto um monte de pseudo-escritores e jornalistas que não prezam pelo uso correto da Língua Portuguesa e isso é lamentável. Na Blogosfera isso é bem presente. Vejo blogs escritos por jornalistas diplomados e que não tem um mínimo de coesão, coerência, acentuação, pontuação...Mas não só os blogueiros, mas já presenciei escritor, dono de editora e graduado em Letras escrever absurdos como: Jente ao invés de Gente.
    Quanto ao prolongamento das idéias, realmente quem escreve deve ter senso para isso. Prender o Leitor e fazê-lo ler até o final, não é tarefa das mais fáceis. Mas acho que disso você não deve reclamar, porque eu já te disse que uma das coisas que mais me encantou no teu livro foi a estruturação linguística.

    Um beijo

    Sempre Fiel ao Recanto!

    ResponderExcluir
  2. Obrigado, Marcélia.
    Eu realmente não entendo tamanha dificuldade para escrever, principalmente quando se trata de escritores, jornalistas, advogados... Como advogado, aliás, eu já me deparei com petições ininteligíveis e, em um caso absurdo, simplesmente transcrevi o parágrafo inteiro da ré, perguntando em seguida ao juiz e à promotoria: “Esse amontoado de palavras enuncia algo compreensível”? Como eu poderia replicar um texto sem sentido? Há uma editora em São Paulo que, na minha opinião, é uma vergonha para o mercado editorial. Absolutamente todas as contracapas e textos expostos em seu site estão repletos de erros crassos. Aborrecido, sorteei dois e os corrigi de cima a baixo, mandando em seguida para o editor-chefe da editora, que disse possuir os melhores profissionais do mercado. Só rindo. Agora vou elogiar. Tem um cara chamado Edson Rossato (aquele do Cem Toques Cravados) que possui uma escrita absolutamente impecável. Dá gosto ler os textos dele. Estou falando isso por realmente achar, já que não somos conhecidos, amigos ou parentes. Aliás, jamais troquei uma palavra (virtual ou não) com ele.
    Bem, chega! Rsrs.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Me recuso a falar de Edson Rossato, sob pena de sofrer processo judicial. =)

    ResponderExcluir
  4. Ver blogueiros escrevendo errado pode ser horrível, mas é bem pior ver jornalistas e professores de português cometendo erros absurdos. Até eu tenho vergonha, e não sou escritora, jornalista, nem nada do tipo.

    Beijos.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
abcs